sábado, 17 de janeiro de 2009

RELIGIÕES: ORI, BORI, FOLHAS E SACRIFÍCIOS

Ori - Mito e Crença Afro-BrasileiraOri é a massa elementar que comanda o ser humano como um todo. Ele é a alma, a personalidade e o destino. Tudo se realiza com sua permissão.Diz o Oriki: Nada se faz se Ori não permitir!Ori - Alma e PersonalidadeOri tem a propriedade de ser controlador. Além de guiar a vida, comanda todas as atividades, físicas ou não. Ele armazena em um só local todas as informações necessárias para a existência do homem. Nele encontramos o Asé (força) que forma a personalidade do ser e faz com que cada um pense e haja de forma diferente.
Ori guarda todas a s chaves para o êxito da vida do homem, ou seja, inteligência, bons pensamentos e memória. Estas são qualidades do homem que integram Ori.
Ori tem a função de gestar o Asé do homem, ou seja, ele amadurece todos os Pensamentos, transformando-os ou aprimorando toda e qualquer idéia que passe Por ele.
Ori é independente do ser (corpo físico) e embora esteja ligado a ele, suas funções comandam todas as outras.
Ori recebeu três coisas essenciais para sua existência: A preparação para a vida na Aiye (terra) A preparação para a Iku (morte) e A preparação para a vida no Orum (céu) Isto possibilita que no Aiye exista a união Ori + Ara (corpo + cabeça). Mas atenção: mesmo que haja separação, no caso de morte, Ori nunca morre.
No caso de morte, Ori e Eledá (alma) se juntam e, caso necessário, realizam rituais como: Asese (vigília): para que possa haver a separação; Orisá Olori (senhor da Cabeça) e Ori, para que a alma ou o espírito possa seguir seu caminho no Plano astral.
Por ser uma parte concentradora de energias benéficas e maléficas, deve-se Ter todo cuidado ao deixar o Ori na mão de estranhos, mesmo que seja para Um simples carinho ou ritual. Lembrem-se que o sucesso ou fracasso depende do Ori e suas qualidades.
Algumas saudações: Olorire - pessoa de boa cabeça Olori Buruku - pessoa possuidora de cabeça ruim.
Nos próximos segmentos veremos mais sobre o culto a Ori, ou seja, Bori.
Oloye Henrique OmoafaiyáNascido em Nazaré das Farinhas, interior da Bahia, é filho da mistura de negros e brancos. Foi iniciado espiritualmente pela Iyalorisa Obá Aganju, no Asé Engenho Velho, onde recebeu o título de Oloye Omoafaiyá, há 26 anos.Quando jovem tinha muita curiosidade a respeito dos assuntos espirituais e ficava aborrecido quando suas perguntas eram respondidas de forma evasiva, o que aumentava seu desejo de conhecimento. Certo de que seria capaz de alcançar seus objetivos pesquisou e estudou profundamente a cultura Yorubá. Passava longas horas debruçado sobre livros, onde aprendia não só o dialeto, mas também cânticos, toques e danças gestuais, além do culto a Ori. Uma cultura a parte, intrigante e complexa. O culto a Ori é uma prática pouco difundida na própria cultura afro-brasileira, pois confunde-se com o culto aos Orisás.Apresentaremos aqui o resultado de anos de trabalho de Henrique Omoafaiyá para que nossos internautas conheçam como é cultuado o Ori e seus diversos segmentos dentro do culto afro-brasileiro.

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