segunda-feira, 11 de maio de 2009

cara

Cara, quando eu fico cara-cara com a realidadeJá sei porque fico de cara 2xA minha sede é de nordesteMeu orgulho é de um caiapóQue foi pra Brasília falar com o presidenteTodo sorridente e limpo de coraçãoPois era dia de festa, entãoTomou pela testa, caiu pelo chãoJunto dele haviam outros irmãosSem convites, sem terra, sem pão com salários de merdaMigalhas aos porcos barrados no baileE mais uma vez o preto apanhouE mais uma vez o índio chorou Cara quando eu fico cara a cara com a realidadeJá sei porque fico de cara

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